A depressão em idosos é um problema que vem se tornando cada vez mais comum na sociedade e que muitos familiares não sabem como lidar.
Além disso, por se tratar de uma fase da vida onde acontece uma redução nas atividades físicas e interação social, pode ser que a identificação também demore a acontecer.
Contudo, essa demora pode se tornar um verdadeiro problema.
Pensando nisso, separamos este conteúdo com as respostas que você estava procurando.
Desde aos sinais que deve se ater, até a prevenção e como cuidar desses pacientes.
Boa leitura!
Depressão em idosos – Como identificar
A princípio, você deve saber que a depressão é uma das doenças mentais mais comuns entre os idosos.
Ou seja, supera até mesmo outras condições médicas comuns e podem surgir com diferentes intensidades.
Isso porque, a depressão independe de classe social, gênero ou etnia.
Assim, pode fazer parte de qualquer família.
No caso dos idosos, é mais comum que a doença aconteça quando esses indivíduos perdem o contato com a família, vivem reclusos ou não fazem parte de uma comunidade.
Logo, é importante destacar que idosos que vivem em residenciais podem ter uma vida tranquila e saudável.
Afinal, mesmo não tendo o convívio diário com a família, fazem parte de um círculo social.
Ainda assim, a depressão pode acontecer, com uma prevalência de, em média, 15%.
Já para pacientes hospitalizados ou que não possuem uma comunidade ou círculo social, familiar ou não, a prevalência da depressão pode chegar a mais de 50%.
Neste cenário, existem duas condições comuns:
- Idosos que nunca tiveram a depressão, mas agora tem;
- Pacientes que já apresentaram o quadro ao longo da vida, em algum momento.
Porque existem essas duas condições?
Em síntese, pacientes que apresentam a depressão apenas na terceira idade, possivelmente, não possuem condições hereditárias.
Como resultado, a doença está mais ligada ao envelhecimento.
Assim, as características do envelhecer podem trazer a doença, seja a redução na capacidade física e/ou mental, demências, perda de papel social, etc.
Já os idosos que, ao longo da vida, apresentaram o quadro, se refere a um histórico prévio de doença.
Sendo que a doença pode ou não ter sido tratada anteriormente.
Como resultado, são condições diferentes e que, geralmente, requerem tratamentos distintos.
Como identificar a depressão em idosos
Atualmente, uma das principais preocupações em relação a depressão na terceira idade se refere ao crescimento no número de suicídios.
Portanto, deixa de ser uma situação individual para ser uma condição social e de saúde pública.
Identificar a depressão requer não apenas atenção do indivíduo, mas observar as mudanças que aconteceram ao longo do tempo.
Então, é importante ter em mente que estar triste na terceira idade não é natural, não é frescura e que possui diferentes faces.
A partir disso, os principais sinais incluem:
- Redução das atividades diárias;
- Tristeza ou desânimo frequentes;
- Perda de energia, gradativa ou pontual;
- Alternações e/ou problemas para dormir;
- Mudanças no apetite, como compulsão ou perda da fome;
- Dores e incômodos intestinais;
- Queixa de dores físicas diversas;
- Problemas relacionados a memória;
- Dificuldade para manter a higiene pessoal;
- Isolamento ou redução de interações sociais, etc.
Por fim, muitos idosos também começam a abandonar cuidados simples, desde limpar a si mesmo ou até a casa.
Com isso, as chances de problemas físicos, como doenças, são aumentadas.
Prevenção é possível!
A prevenção da depressão em idosos é a principal arma para evitar complicações da doença.
Primeiramente, a regra de prevenção é observar quais são os fatores de risco para os idosos.
Como por exemplo:
- Redução na mobilidade;
- Mortes;
- Redução do ciclo social;
- Doenças;
- Dependência;
- Histórico, etc.
Portanto, se existe algum desses fatores, a atenção deve ser redobrada.
Entretanto, em todos os casos, a prevenção se dá através da qualidade de vida e bem-estar.
Logo, é essencial incentivar o idoso a ter uma vida social, principalmente com pessoas da mesma idade.
Outras dicas incluem uma alimentação equilibrada, rotina, atividades físicas regulares, etc.
De acordo com especialistas, manter uma vida o mais normal possível, mesmo com limitações, é essencial para que o idoso sinta que é parte da sociedade e nunca um fardo.
Lembre-se: todos os idosos já foram jovens um dia e quem é jovem hoje, será o idoso de amanhã.
Cuide de cada uma das gerações!
Depressão em idosos – Tratamento e cuidado
O tratamento da depressão é, na maior parte das vezes, um combo de cuidados diários, terapia e, em alguns casos, medicação.
De qualquer maneira, é essencial identificar os sinais, conversar com o idoso e com o médico que o acompanha.
Já em relação aos cuidados, existem diferentes maneiras de garantir uma melhora na qualidade de vida da terceira idade.
A princípio, o ideal é melhorar a rotina, para que ele se alimente melhor, durma bem, tenha conforto e se sinta amado.
Da mesma forma, o ideal é buscar formas de interação social, seja ir até uma praça com outros idosos ou mesmo a centros de atividades.
Algumas cidades possuem aulas de pintura, grupos de crochê ou até ligados a religião.
Mais importante que isso, o idoso deve sentir que realmente é parte de algo, de uma vida e que sua existência tem importância.
Então, as dicas de cuidados incluem:
- Converse com o idoso de maneira natural;
- Sente-se e ouça o que ele tem para falar, mesmo que você não ache completamente correto o pensamento;
- Separe um tempo da semana para lazer;
- Deixe ele fazer coisas que realmente gosta;
- Não ignore quando ele está dizendo ou fazendo algo;
- Mantenha os exames sempre em dia;
- Fique atento a idosos que tomam medicamentos controlados;
- Não deixe o idoso sozinhos por muito tempo;
- Desenvolva uma rotina que dê certo para todos, com limites e deveres;
- Ensine as crianças a conversar e respeitas os idosos, sempre;
- Dê responsabilidades para o idoso, mesmo que coisas pequenas e pensadas de acordo com as limitações de cada um, etc.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre a depressão em idosos bem como os sinais e dicas de cuidados, não perca mais nenhum segundo.
Torne a vida desse ente querido cada vez mais simples e melhor.
Se ainda tiver alguma dúvida, comenta aqui embaixo ou compartilhe a sua experiência com a gente.
Grande abraço e até o próximo post!